segunda-feira, 26 de março de 2012

More than words

Cartaz do show do Skank no ano de 1992 em Itabirito.

Começava o ano de 1992 e junto com ele muitas novidades estavam por vir. Paralelo a vontade de tocar e ter uma banda, eu tinha uma sede enorme de ouvir os discos e as fitas k-7, e como a maioria dos jovens eu tinha uma predileção pelas bandas de rock, hábito que cultivo até os dias de hoje.

A música esteve presente na minha casa até o ano de 1986, ano em que meus irmãos se casaram e com eles foram embora a antiga vitrola e o rádio toca fitas. De 1986 a 1991 eu só ouvia rádio AM, isso para um pré adolescente era o mesmo que trocar a matinê por um baile da 3º idade. No natal de 90/91 minha mãe me deu um walkman que tinha toca fitas e rádio FM, e a velha vitrola voltou pra minha casa, isso foi fundamental para minha formação musical.

Em 1992 o rock no Brasil estava numa fase de declínio, devido a motivos econômicos e também por uma superexposição ocorrida na década anterior com o boom do rock anos 80. Talvez pela falta de novas bandas, as minhas primeiras influências acabaram sendo as bandas dos anos 80. Legião Urbana, Barão Vermelho, Hanói Hanói, Ira, Paralamas, Titãs, não saíam da vitrola e do Walkman.

Me lembro também que no início de 92 rolou o Hollywood rock, e duas bandas marcaram muito esse início de década, com seus shows no Brasil, Skid Row e Extreme.

Nessa época também conheci a MTV que chegava ao Brasil, aqui só passava na parabólica, como na minha casa não tinha parabólica, eu vivia na casa do meu amigo Tininho, e foi lá que conheci o Red Hot Chilli Peppers, L7, Jesus Jones, EMF, etc...

Morando no interior eram raras as oportunidades de assistir bons shows, principalmente de rock. No carnaval pela 1º vez eu podia sair sozinho, e me lembro como se fosse hoje de ter assistido ao show da Banda 1000, que era uma banda formada por músicos experientes de Itabirito, e de BH, me impressionei muito com a fidelidade aos arranjos originais, mesmo não sendo um fã da "Axé music", aquilo me marcou, e foi aí que aprendi a diferença entre fazer parte de uma banda, e ser um músico Free lancer, e de uma certa forma ajudou a definir muito do caminho que eu iria seguir.

Me lembro de comprar vários vinis nessa época, entre eles aportaram aqui na minha casa o "Arise" do sepultura, o 1º do Skank, que fez um show aqui em Itabirito, e também um disco de uma banda praticamente desconhecida, "Rotomusic de liquideficapum" do Pato Fu.

Sobre o Pato tenho mais uma dessas coincidências, ligadas ao vinil. Em 2008 fui convidado a fazer parte da banda do Ricardo Koctus (baixista do Pato Fu) para os shows de lançamento e divulgação do seu 1º disco solo, shows que me diverti bastante, e no ano passado recebi um telefonema do Koctus, me convidando pra substituir ele no Rio Grande do sul num show do Pato Fu, infelizmente esse eu não pude fazer porquê estava no Rio de janeiro.

Me recordo de passar o ano, tentando montar uma banda, cheguei a fazer alguns ensaios, mas os projetos não saíram do papel. Como era difícil encontrar músicos afim de montar uma banda de rock.

As camisas de flanela, bermudões e o grunge se tornaram a marca daquele 92.

Bandas como Nirvana, Alice in Chains, Pearl jam, Soundgarden... deram o tom dos anos 90.

Nessa altura eu já sabia tocar no Baixo várias músicas de diferentes bandas, mas ainda não tinha a minha própria banda, e o ano passou sem que eu tivesse a chance de subir ao palco.

Mas o ano seguinte me traria muitas novidades.

2 comentários:

Unknown disse...

Aurinho ler este post me trouxe muitas recordações show do Skank foi o primeiro de rock q fui me considerei pé frio por conta do blackout kkkk parabéns e sucesso e q Deus continue iluminando seu caminho. Marcelo Penido

Áureo Lopes disse...

Bacana Marcelo, acompanhe as próximas postagens, falarei mais coisas que você com certeza lembrará. Abs.